Presentes solidários

A Fundação Evangelização e Culturas está a promover até 15 de Dezembro uma forma diferente de viver a quadra natalícia que se aproxima. Trata-se da Campanha Presentes Solidários, centrada no essencial e não-comercial, que visa contribuir para o desenvolvimento dos países de expressão portuguesa.

A Campanha Presentes Solidários permite ao comprador escolher um ou mais de entre sete presentes, em nome de um amigo, familiar ou colega de trabalho. São presentes de Natal que transformam vidas e que vão ajudar famílias que vivem em situações precárias em sete países de língua portuguesa. Por exemplo, a compra de uma dúzia de galinhas irá permitir que uma família vulnerável de uma comunidade carenciada no Brasil possa fazer criação para consumo e/ou vender e estabelecer um negócio próprio.

Já imaginou o impacto que milhares de presentes solidários poderão ter?Existe um presente para cada país lusófono: Brasil – Uma dúzia de galinhas, Angola – Sementes + Enxada, Moçambique – Uma rede mosquiteira, Cabo Verde – Um rádio, Guiné-Bissau – Um saco de cimento, Timor-Leste – Um kit de higiene, São Tomé e Príncipe – Uma chapa de zinco.

A Fundação Evangelização e Culturas assegura que uma família realmente carenciada irá receber o presente escolhido, enquanto o seu amigo, familiar ou colega de trabalho irá receber um certificado personalizado, assinado pelo comprador.As encomendas poderão ser efectuadas através do website www.fecongd.net, até ao dia 15 de Dezembro.

Microcrédito: uma ideia genial

O microcrédito consiste num empréstimo concedido a pessoas que, por motivos vários, estão excluídas do sistema bancário tradicional.É um crédito baseado em duas ideias fundamentais: é pequeno na quantidade de dinheiro emprestado; é grande na convicção de que as pessoas têm capacidade para superar os seus limites e dificuldades.

É fruto de uma ideia tão simples como genial, que surgiu na mente de um homem simples e, ao mesmo tempo, fora de série: Muhammad Yunus, um professor de Economia que, enquanto caminhava para a Universidade de Daca, a capital do seu país, Bangladesh, tinha a capacidade de ver nas pessoas dos bairros de lata, não uns miseráveis sem futuro, mas sim pessoas trabalhadoras, engenhosas e empreendedoras, lutando no dia a dia contra limitações vindas de todos os lados, mas sobretudo da parte do homem feito lobo para o seu semelhante.

Ele sabia que essas pessoas, materialmente pobres e/ou socialmente marginalizadas, não conseguiam empréstimos junto da banca tradicional; mas tinham algo de mais importante: a sua capacidade de entendimento, a resistência dos lutadores e a teimosia de quem tem de confiar em si para sobreviver. Por isso resolveu emprestar pequenas quantias sem exigir garantias ou formalidades; emprestar na base da confiança. E a experiência conseguiu um sucesso formidável; até a taxa de crédito mal parado, isto é, dos empréstimos não pagos, manifestou-se mais baixa do que no sistema convencional.

Valentim Gonçalves

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Contacto SVD

Destaques do Contacto SVD

(nº de Novembro - Dezembro 2006):

- Centro de Acolhimento a Crianças Arnaldo Janssen em Luanda (Angola)
- Um país, uma missão (Gana)
- Voluntariado missionário
- Concurso Olháki
- Microcrédito: uma ideia simples, uma grande obra
- Notícias da missão

- crónicas dos colaboradores habituais.

Nas ruas de Luanda

O Centro de Acolhimento de Crianças Arnaldo Janssen, em Luanda, acolhe crianças de rua. O Centro nasceu em 1993 por iniciativa do padre Horacio Caballlero, missionário do Verbo Divino, das irmãs Danuta Bunko e Erlinda Moron, missionárias Servas do Espírito Santo, e de um grupo de jovens voluntários da paróquia de Cristo Rei, de Luanda.O regresso da guerra a Angola, após as eleições de 1992, encheu as ruas de Luanda de milhares de crianças que fugiam das áreas de conflito. Muitas tinham sido vítimas de violência doméstica; outras procuravam um refúgio para escapar à violência e à pobreza extrema. A maior parte acabou por viver na rua, em carros abandonados, casas arruinadas ou na praia.

O Centro Arnaldo Janssen nasceu para responder a esta situação. No início, o Centro possuía apenas barracas provisórias, na ilha de Luanda. Em 1994, a arquidiocese de Luanda ofereceu um terreno, onde se ergue a sede actual, no bairro do Palanca. O Centro tem como objectivo reintegrar as crianças e os jovens nas suas famílias e na sociedade de onde saíram pelas mais diversas razões. Depois de contactadas na rua, as crianças que desejam ser inseridas no programa de ajuda são acolhidas no Centro. Ali são educadas nos valores da cidadania, com os direitos e deveres que ela comporta. Têm formação escolar, religiosa e profissional e recebem assistência médica.

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Semana dos Seminários

Cada vocação nasce num contexto preciso e concreto: a Igreja, mãe e berço de vocações. Não existem vocações de primeira ou segunda categoria. Todas vêm de Deus e têm um único objectivo: anunciar o reino de Deus na história, tornar visível e testemunhar o mistério de Cristo Salvador. Numa palavra, na comunidade cristã há muitas vocações, mas uma única missão.

D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima
Carta pastoral Descobrir a beleza e a alegria da vocação cristã

Advertências

Uma só coisa é importante:

que sejamos verdadeiros,
que escapemos às mentiras, às ilusões, ao jogo das aparências
e mesmo aos sonhos e às teorias
que nos fecham num mundo ilusório em que somos cortados
da nossa realidade profunda.

Na medida em que aceitamos as nossas feridas,
entramos no caminho da unidade;
na medida em que recusamos olhar de frente a nossa verdade,
mantemos uma fissura no interior de nós próprios."

[Jean Vanier]