era a terceira hora quando o crucificaram
"O condenado está por fim só e desarmado perante a imensidade do mal. De novo a súplica, o desconsolo, o abandono, a esterilidade da dor. A morte será o mais radical fracasso. Nada se explica, nem então nem para nós agora. Porque não explica Deus o mal. Menos ainda o justifica ou o desculpa. Este homem que atravessa a noite escura faz na morte a única coisa que perdura: perdoa, serve, cura, assume até ao extremo as consequências do mal."
Luís Soares Barbosa, Embora seja noite (2006)
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home